Amêijoas em águas turvas: GNR volta a intervir em Alcochete

Quase seis toneladas de amêijoa-japonesa apreendidas em 48 horas

Mais de 900 quilos de moluscos apreendidos após desacatos e ausência de documentação. Operações intensificadas visam travar circuito clandestino. A Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu 931 quilos de amêijoa-japonesa em Alcochete, numa operação desencadeada na sequência de desacatos entre indivíduos que tinham na sua posse bivalves em situação irregular.
Fiscalização impede chegada de bivalves ilegais ao mercado

De acordo com o comunicado da força de segurança, cinco pessoas, com idades compreendidas entre os 21 e os 37 anos, foram identificadas pelo Posto Territorial de Alcochete. O produto apreendido, por não apresentar documentação de registo obrigatória, foi encaminhado para destruição após avaliação higiossanitária.
Este incidente ocorreu apenas um dia antes de uma outra operação semelhante, realizada por militares do Destacamento Territorial do Montijo. No domingo, também em Alcochete, foram apreendidas mais de 4,5 toneladas de amêijoa-japonesa em condições irregulares. No total, foram identificadas 15 pessoas envolvidas. Sendo 14 homens com idades entre os 22 e os 51 anos, e uma mulher de 36 anos, a quem foram imputadas as infrações.
A ação de fiscalização, focada na apanha, transporte e comercialização de moluscos bivalves vivos, resultou ainda na apreensão de 3.301 euros em numerário. Foram levantados 15 autos de contraordenação, emitidas duas notificações para abandono voluntário do território nacional e outras duas para comparência numa loja da Agência para a Integração, Migrações e Asilo. Uma pessoa foi ainda notificada para prestar declarações no âmbito de um Processo de Afastamento Coercivo.
Estas ações inserem-se numa estratégia mais vasta de controlo rigoroso sobre a apanha, transporte e comercialização de moluscos bivalves vivos, uma atividade que, quando praticada à margem da lei, representa riscos sérios para a saúde pública.
“Ao alimentarem-se por filtração da água, os bivalves acumulam microrganismos e substâncias químicas que, dependendo da sua salubridade, podem provocar contaminações microbiológicas graves e intoxicações alimentares”, alerta a GNR.

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