Mistério em Sesimbra: condutor foge após acidente mortal

Dono de carro envolvido no acidente denuncia furto após fuga do condutor

Um trágico acidente entre um carro e uma mota, ocorrido no sábado à tarde na Estrada Nacional 377, em Caixas, Sesimbra, está envolto em mistério. O motociclista, de 47 anos, não resistiu aos ferimentos, enquanto o condutor do automóvel envolvido abandonou o local sem prestar auxílio. 
Acidente marcado pela tragédia e pela fuga do condutor


O proprietário da viatura procurou um posto da GNR na margem sul e apresentou uma queixa por furto do veículo, alegando que o mesmo lhe terá sido roubado após o acidente. Esta denúncia lança uma nova linha de investigação, ainda em curso, uma vez que o verdadeiro condutor do carro ainda não foi identificado pelas autoridades.
Fontes oficiais da GNR confirmaram que receberam a denúncia e continuam as diligências para localizar o responsável pelo atropelamento. Questionada sobre o paradeiro atual da viatura, a GNR recusou prestar esclarecimentos, mantendo o sigilo da operação.
Apesar da fuga, testemunhas oculares do acidente forneceram à Guarda a matrícula do carro envolvido, elemento-chave para o avanço da investigação.
O choque entre os dois veículos mobilizou os Bombeiros de Sesimbra, a GNR e o INEM, num total de 17 operacionais apoiados por cinco veículos, entre os quais a Viatura Médica de Emergência e Reanimação  do Barreiro.

Uma reflexão urgente sobre a segurança nas estradas
Mais responsabilidade precisa-se nas estradas portuguesas
Cada tragédia na estrada é mais do que uma estatística: é uma vida perdida, uma família devastada, um alerta para todos nós. A fuga do local de um acidente, além de crime, é um ato de profunda desumanidade que revela a urgência de mudarmos comportamentos.
Este caso em Sesimbra junta-se a um padrão alarmante: é já o quarto atropelamento com fuga na Área Metropolitana de Lisboa em menos de uma semana. Ainda na madrugada deste sábado, uma jovem de apenas 15 anos foi atropelada em Lisboa e acabou por falecer no Hospital de São José. O condutor também fugiu, mas acabou por se entregar às autoridades duas horas depois.
Estes episódios não são apenas números: são feridas abertas numa sociedade que precisa, urgentemente, de repensar a forma como se comporta na estrada.
A segurança rodoviária é um compromisso coletivo e começa em cada escolha que fazemos ao volante. Não se trata apenas de evitar acidentes, mas de preservar vidas. Que esta sequência de tragédias sirva como um grito de alerta: precisamos de mais civismo, mais empatia e mais responsabilidade.

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